sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Apenas o Teu Amor


Quis dizer em forma de poema,quis em forma de canção,a alegria em que me encontro,mas com a voz no coração sóte posso dizer que te Amo.Contigo os pensamentos rolam á velocidade da luz,por sereso ser mais belo visto pelos meus olhos.O meu coração pede a tua presença apesar da distancia que nos separa.Amar é ter alguem que nos preencha a vida com o seu carinho dizendocoisas bonitas ditadas pelo coração.Amar não é pecado nenhum é preciso saber amar um coração quepulsa ao sabor do Amor.Tristeza é não ter ninguem qie alivie a dor do nosso coração,amaré ter um sentido único da pessoa que se deseja ter por companheira.Quando o coração chora por alguem distante e a tristeza se implanta na alma.

VitorAlbatroz

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Ser mulher

Ser mulher, vir à luz trazendo a alma talhada
para os gozos da vida, a liberdade e o amor,
tentar da glória a etérea e altívola escalada,
na eterna aspiração de um sonho superior

Ser mulher, desejar outra alma pura e alada
para poder, com ela, o infinito transpor,
sentir a vida triste, insípida, isolada,
buscar um companheiro e encontrar um Senhor...

Ser mulher, calcular todo o infinito curto
para a larga expansão do desejado surto,
no ascenso espiritual aos perfeitos ideais...

Ser mulher, e oh! atroz, tantálica tristeza!
ficar na vida qual uma águia inerte, presa
nos pesados grilhões dos preceitos sociais!

Gilka Machado

O teu olhar

Passam no teu olhar nobres cortejos,
Frotas, pendões ao vento sobranceiros,
Lindos versos de antigos romanceiros,
Céus do Oriente, em brasa, como beijos,


Mares onde não cabem teus desejos;
Passam no teu olhar mundos inteiros,
Todo um povo de heróis e marinheiros,
Lanças nuas em rútilos lampejos;


Passam lendas e sonhos e milagres!
Passa a Índia, a visão do Infante em Sagres,
Em centelhas de crença e de certeza!


E ao sentir-se tão grande, ao ver-te assim,
Amor, julgo trazer dentro de mim
Um pedaço da terra portuguesa

Florbela Espanca

Saudade

De quem é esta saudade
que meus silêncios invade,
que de tão longe me vem?

De quem é esta saudade,
de quem?

Aquelas mãos só carícias,
Aqueles olhos de apelo,
aqueles lábios-desejo...

E estes dedos engelhados,
e este olhar de vã procura,
e esta boca sem um beijo...

De quem é esta saudade
que sinto quando me vejo?

Gilka Machado